30 setembro 2009

Querer

Quero partir
Quero ir para um lugar onde eu não conheça ninguém e vice versa
Quero ficar só
Quero apertar o botão e "desligar"
Quero um outro mundo


Pois é, hoje eu quero só isso.

27 setembro 2009

Um poema.

Simples

Gostava de três coisas na vida: cinema mudo, fazer amor e sorvete de graviola. Com chocolate. E dele, que ria quando a ouvia falar assim. E partira. Reencontraram-se, por acaso, anos depois. No cinema. Revendo Chaplin. Transaram na última fila, como adolescentes. Sem pudor. E, à saída, embora fosse outono e chovesse a cântaros, tomaram sorvete. Graviola com chocolate, ele pediu. O chocolate embaixo, acrescentou. Ela riu. Soube que era simples ser feliz. E nunca esqueceu.

[ Márcia Maia]

23 setembro 2009

Mandioca ou trigo?


O Sol já não podia mais ser visto, pois a Lua tentava se fazer presente. Ela não apareceu. E uma leve garoa tomou o seu lugar na última noite de terça feira. O dia foi movimentado e eu, com fome, parei numa padaria conhecida da cidade antes da minha aula de inglês da semana. Sentei. Pedi um refrigerante e uma coxinha. Ah! Uma coxinha ... Ao meu lado, uma pessoa desconhecida me fez uma pergunta: "A massa é de mandioca ou se trigo?". No mesmo momento, pensei: "Se for de mandioca eu não vou comer. Gosto de massa de trigo. Eu quero uma coxinha que satisfaça minha fome." A moça que estava me servindo demorou alguns minutos, mas disse que a coxinha poderia ser degustada sem receios. E uma conversa com a tal pessoa desconhecida começou de maneira inusitada e terminou de um jeito bem agradável. Não gosto de comer sozinha e confesso que aquela nova companhia estava me alegrando. A conversa terminou e a coxinha também. Acabou. Provavelmente eu nunca mais converse com a companhia inesperada numa noite de terça feira. O pão do café da manhã, o doce e a fila do caixa fizeram com que eu ficasse na padaria por mais alguns instantes. Fui embora.


Ah! Nesse mesmo dia, a primavera chegou. As fotos mal tiradas da câmera de um celular são evidências da estação se manifestando dentro de um pequeno apartamento de estudantes numa cidade interiorana.


Por hoje é só.

21 setembro 2009

Pra quê?




No momento em que decidi criar este blog a primeira coisa que pensei foi: pra que tê-lo? E a resposta é bem rápida, porém não tão simples: NÃO SEI! Talvez seja pela vontade de escrever muitas coisas que eu não consiga dizer ou que eu não queira dizer. Um blog feito para desabafar? Não! Não é isso. Ou talvez esse seja um dos motivos, mas não o principal. Criar o hábito da escrita... Talvez. Depois de um interminável semestre, percebi que não somos incentivados a escrever e só eu sei o parto que foi fazer uma análise sociológica da escola e um trabalho de Teoria Antropológica em tão pouco tempo.

Tempo este que tive que participar de atividades organizadas pelo programa do qual eu sou bolsista, além das aulas de inglês, da minha pesquisa e de um primeiro evento da Antropologia aqui no campus de Marília. E é lógico, a tal vida social! (Vida social? Ué, mas será que todas essas coisas que fiz também não fazem parte dessa tal vida social?).
O nome: acho que não encontrei nome melhor para um blog no qual eu pretendo falar sobre mim. Sou assim. Filha única. E isso pode ser um peso ou um alívio dependendo de quem lê. Por isso, cada um que fique com os seus pensamentos...

A fome está pedindo um prato delicioso de uma bela lasanha que fiz ontem com uma pessoa mais do que querida, a Mi. Diante desse fato me sinto obrigada a parar por aqui.

E olhe ela (a lasanha, não a Mi) aí em cima.